A baixa quantidade de pacientes internados, estrutura precária causada pela espécie de solo, excesso de umidade e elevado custo mensal. Foram fatores determinantes que levaram a Prefeitura de Ivaiporã a encerrar o funcionamento do Pronto Atendimento (Hospital Municipal) e a estabelecer contrato com os Institutos de Saúde Bom Jesus (ISBJ) e Lucena Sanchez – Hospital Maternidade, onde a população tem à disposição leitos de internamento, equipes capacitadas, médicos especializados que atendem média e alta complexidade, equipamentos modernos e UTI adulto e neonatal.

A ex-diretora do Pronto Atendimento, Edileusa Rodrigues, disse que o fechamento é uma medida necessária. “A estrutura do prédio tem péssimas condições. Por isso, acho que a população merece melhor atendimento e precisa ter paciência com as mudanças, que são para melhores. Uma gravidez não dura 9 meses? Então, é preciso aguardar a organização”, analisou Edileusa Rodrigues, que trabalhou durante 37 anos no Pronto Atendimento.

Segundo dados do Departamento Municipal de Saúde a média de internações não chegava a 2 pacientes diários, o que não justificava manter a precária estrutura funcionando com alto custo. Além disso, a população tem à disposição a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h), que é voltada aos casos de urgência e emergência, e a internamentos por 48 horas quando o paciente necessita de observação.  

Portanto, os casos leves continuam com atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em caso de urgência ou emergência o médico da UBS encaminha o paciente para UPA 24h. Se o paciente precisar ficar internado por mais de 48 horas será encaminhado para o ISBJ ou Lucena Sanchez – Hospital Maternidade.

Vigilância Sanitária

“O Pronto Atendimento tinha estrutura física totalmente precária e inadequada – conforme relatório de vistoria da Vigilância Sanitária [79 páginas], sem a possibilidade de reforma visto que o prédio foi construído sobre um banhado, resultando em excesso de umidade. Além disso, foi avaliado o custo-benefício do funcionamento, considerando a necessidade de saúde da população”, explicou a diretora do Departamento Municipal de Saúde, Cristiane Pantaleão.

Em dezembro de 2021, o atendimento a gestante de baixo risco e risco intermediário passou a ser feito no ISBJ, onde realiza o atendimento de alto risco com estrutura muito mais adequada. Em janeiro de 2022, foram atendidos 2.884 pacientes na UPA 24h e 241 ficaram em observação, enquanto no Pronto Atendimento ficaram internados apenas 47 pacientes.

Os prefeitos Carlos Gil, que se encontra licenciado, e Marcelo Reis, que está em exercício, explicaram que os internamentos dos pacientes foram contratualizados com o ISBJ e o Lucena Sanchez – Hospital Maternidade para garantir melhor atendimento à população.