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Saúde

Prefeito de Ivaiporã pede mais atitude técnica na administração do Hospital Regional e menos política

Sexta-feira, 14 de julho de 2023

Última Modificação: 14/07/2023 18:42:50 | Visualizada 1215 vezes

"Não podemos deixar o Hospital Regional de Ivaiporã se transformar em elefante branco′, defendeu Carlos Gil.


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Nesta sexta-feira, dia 14 de julho, o prefeito de Ivaiporã, Carlos Gil, e a secretária municipal de Saúde, Cristiane Pantaleão, realizaram uma coletiva de imprensa em frente ao Hospital Regional, revelando dados alarmantes sobre o desperdício de dinheiro público. O valor de R$37.255.834,00 foi gasto ao longo de 14 meses de funcionamento do Hospital Regional de Ivaiporã.

Durante a coletiva, o prefeito e a secretária de Saúde também apresentaram um comparativo entre um Instituto Hospitalar da Região e o Hospital Regional de Ivaiporã, ressaltando as diferenças nos números de leitos, pacientes atendidos e custos mensais. O Instituto Hospitalar da Região possui 105 leitos, atendendo em média 600 pacientes por mês, com um custo mensal de R$2,3 milhões, enquanto o Hospital Regional de Ivaiporã conta com 104 leitos, atendendo apenas 18 pacientes mensalmente, com um custo mensal de R$2.730.125,68.

 

Atendimento municipal

“A Saúde de Ivaiporã atende 7 mil pacientes por mês – 84 mil pessoas por ano com orçamento com cerca de R$35 milhões, enquanto o Hospital Regional de Ivaiporã atende 200 por ano. Portanto, trata-se de desperdício de dinheiro público”, comparou o prefeito Carlos Gil, que parabenizou o governador Ratinho Júnior pela conclusão da obra do Hospital Regional e por utilizá-lo para atender pacientes durante a pandemia. Mas pediu a adoção de medidas urgentes para que a população passe a ser atendida.  

Durante a coletiva de imprensa o prefeito mostrou-se otimista em relação a eventual medida a ser tomada pelo governador por considerá-lo democrático. “O governador concluiu 3 Hospitais Regionais, que têm grande porte. Com certeza ele quer ver o pleno funcionamento, porque tem amor à população”, reconheceu Carlos Gil. 

 

Elefante branco

No dia que o Hospital Regional de Ivaiporã funcionar, Carlos Gil afirmou que irá aplaudir o secretário de Estado da Saúde. “Fui eleito pela população para resolver os problemas, cobrar o Governo do Estado e os secretários, assim como o Governo Federal, quando for necessário. Mas não podemos deixar o Hospital Regional de Ivaiporã se transformar em elefante branco. É preciso haver mais atitude técnica e menos política”, declarou o prefeito Carlos Gil.

Além disso, os gestores de Saúde da região fizeram diversos pedidos via ofícios à Secretaria de Estado da Saúde (SESA), entre 2021 e 2023, que até o momento não foram solucionados. Entre as demandas destacam-se o funcionamento efetivo do Hospital Regional conforme o PRI (Planejamento Regional Integrado), a organização da rede materno infantil, a necessidade de médicos auditores e autorizadores na 22ª Regional de Saúde, o aumento da oferta de procedimentos eletivos ambulatoriais e cirúrgicos, investimentos em novas tecnologias para combater a dengue, aumento do cofinanciamento para Atenção Básica e SAMU – além do acesso à Central de Regulação de Leitos.

“Inclusive, nesta sexta-feira, dia 14 de julho, me reuni com os secretários de Saúde da 22ª Regional de Saúde – como sempre fazemos. E, mais uma vez, foi debatida a falta de funcionamento do Hospital Regional, que tem centros cirúrgicos com alta tecnologia e a população da região pode ser muito bem atendida. Mas precisa funcionar com a finalidade estabelecida antes de ser construído”, reforçou Cristiane Pantaleão.

 

Opera Paraná

Outro ponto levantado durante a coletiva foi o programa Opera Paraná, lançado em 30 de março de 2022, que, após 15 meses, atingiu apenas 21% da meta estabelecida. Se mantiver este ritmo, levará mais 110 meses para ser concluído, ou seja, só será finalizado em 2032. Este resultado abaixo do esperado reflete a necessidade de medidas urgentes por parte do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, para garantir que o Hospital Regional de Ivaiporã cumpra efetivamente os procedimentos de saúde, como consultas, exames e cirurgias, conforme era previsto.

É importante ressaltar que a Funeas assumiu a gestão dos 3 Hospitais Regionais em 1º de maio de 2022, após a estrutura hospitalar ter sido utilizada para atender pacientes com coronavírus. A expectativa era de que, com a nova gestão, a eficiência e o bom uso dos recursos públicos fossem priorizados – o que não tem ocorrido.

Diante desses dados alarmantes e das demandas não atendidas, o prefeito Carlos Gil e a secretária Cristiane Pantaleão reforçaram a importância de ações imediatas para solucionar os problemas identificados.

Fonte: Assessoria de Imprensa - Lúcia Lima

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